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sábado, 19 de maio de 2012

ADULTOS - LIÇÕES 06, 07 e 08 - 2º TRIMESTRE

 
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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Cortês / PE
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Gestor local: Ev. Severino Amaro
Superintendência: Pb. Samuel Bernardo
Dirigente da E.B.D. Matriz : Aux. Osvaldo Feijó
Vice Dirigente: Aux. Francisco de Assis
Secretárias da E.B.D. : Gecilene e Enezita
Coordenação Pedagógica: Jaelson
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Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524


LIÇÃO 06 – TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE

INTRODUÇÃO
Nesta lição, obteremos importantes informações a cerca de Tiatira - uma das sete cidades da Ásia Menor.
Veremos como o evangelho provavelmente chegou a esta próspera cidade; quais as virtudes que a igreja naquela localidade possuía, e que foram elencadas por Cristo em sua carta; por fim, destacaremos ainda que esta igreja foi severamente repreendida pelo Senhor por ter tolerado falsos ensinos, que conduziram alguns ao erro, os quais mesmo recebendo tempo para se arrependerem, não fizeram assim. No entanto aos fiéis que não haviam aderido à nova doutrina, Jesus lhes fez exortações e promessas consoladoras.

I – IMPORTANTES INFORMAÇÕES SOBRE A CIDADE

1.1 Nome. O nome Tiatira significa “sacrifício de trabalho”. Esta cidade foi fundada como guarnição por Seleuco I da Síria no século IV a.C., que posteriormente passou para o domínio romano em 133 a.C. Era um importante centro industrial e comercial da região de Lídia. Na época em que o livro do Apocalipse foi escrito, estava em grande desenvolvimento. Seu comércio consistia em indústrias de tintas, fabrico de roupas, cerâmica e objetos de bronze, embora, politicamente nunca tenha conseguido grande importância, sendo a menos importante das sete cidades da Ásia Menor.

1.2 Localização. Uma cidade da província romana da Ásia Menor, área agora ocupada pela parte ocidental da moderna Turquia, que está localizada a aproximadamente 60 km a nordeste de Pérgamo.

1.4 Religião. Assim como na maioria das cidades daquela região, nos tempos neotestamentários, Tiatira tinha muitos templos dedicados a vários deuses. Havia o templo de Apolo, o de Tirimanios, o de Sambate e o de Artemis, que como já vimos em uma lição anterior, tinha como foco de adoração a cidade de Éfeso (At 19.27,28).

II – COMO ERA A IGREJA DE TIATIRA
Podemos compreender que o evangelho de Cristo chegou a Tiatira por intermédio de uma discípula chamada Lídia, a vendedora de púrpura, que foi a primeira convertida européia através do apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária (At 16.14). Por isso a maioria dos estudiosos acredita que, a convertida Lídia e os seus parentes tenham sido os instrumentos que levaram a mensagem de Cristo para a cidade de Tiatira. Para esta igreja Jesus diz o seguinte:

2.1 O remetente identifica-se como o “Filho de Deus”. Cada evangelho nos mostra Jesus Cristo de uma forma: Mateus identifica-o como “Messias e Rei” (Mt 1.1; 2.2); Marcos como “O Servo” (Mc 1.1-11; 14.1); Lucas como o “Filho do Homem” (Lc 5.24; 12.8); todavia, João dá-nos uma visão dele como o “Filho de Deus”, tanto em seu evangelho (Jo 3.36;20.31), quanto em suas epístolas (I Jo 5.10,20), e, de igual modo no livro do Apocalipse (Ap 2.18; 12.5). A expressão Filho de Deus dada a Jesus indica que ele é Deus como o Pai (Fp 2.5), e que possui os atributos exclusivos da divindade, como: eternidade (Jo 1.1; 8.58); onipotência (Mt 28.18; Ap 1.8); onipresença (Mt 18.20; 28.20) e onisciência (Jo 1.47,48; Ap 2.23).

2.1.2 “Que tem olhos como chama de fogo”. Já vimos em outra lição que esta expressão significa dizer que Jesus têm a capacidade de sondar (examinar). Mas, outra coisa também deve ser destacada, é que assim como fogo tem a capacidade de provar a autenticidade do ouro, Cristo também testa a legitimidade das nossas obras e as intenções com as quais as fazemos (I Co 3.13,14); Assim Cristo estava confessando aos cristãos de Tiatira que eles estavam sob o seu olhar e sua análise.

2.1.3 “E os pés como latão reluzente”. Este termo aponta para a capacidade que Cristo tem de julgar, pois, o latão é uma liga formada por bronze e cobre. Ele representa o juízo ou julgamento contra o pecado. Por exemplo: os céus de Israel se tornariam de bronze se eles desobedecessem a Lei do Senhor (Lv 26.19; Dt 28.23). Portanto, o bronze é a justiça divina aplicada ao homem em juízo. Ele julgará e recompensará cada um segundo as suas obras (Ap 2.23; 22.12).

2.2 “Eu sei as tuas obras”. Nós, os cristãos, devemos estar cientes de que apesar da fé preceder as obras, isto não significa dizer que ela não seja importante. Pois, Jesus Cristo ensinou que a árvore é conhecida pelos seus frutos (Lc 8.44); que a nossa justiça não pode ser apenas aparente, como a dos escribas e fariseus, mas deve ser evidenciada pelas atitudes, senão, jamais entraremos no reino dos céus (Mt 5.20).

2.4 “E o teu amor”. Percebe-se claramente que contraste havia entre a igreja de Tiatira e a igreja de Éfeso. Enquanto Éfeso fora exortada a voltar ao primeiro amor, pois havia o abandonado (Ap 2.4), em Tiatira, Jesus destaca a presença do amor (Ap 2.19). Está em foco aqui o amor a Deus “ágape” como principal dos mandamentos (Mc 12.30), e, por conseguinte, o amor de Deus manifestado através de nós “phileo” para com os nossos semelhantes (Mc 12.31). Afinal de contas, o amor é a principal das três virtudes cristãs (I Co 13.13); é também a marca do verdadeiro discípulo do Nazareno (Jo 13.35) e ainda é o cumprimento da Lei e dos Profetas (Rm 13.10; Gl 5.14).

2.5 “E o teu serviço”. A expressão “serviço” no grego é “diakonia” que significa: atenção, assistência, ajuda. O termo foi usado por Paulo designando a obra social (Rm 15.31), ou seja, o ato de aliviar os necessitados com a distribuição de coletas aos pobres e as viúvas (At 6.1; 12.25; 2 Co 9.12). Isto significa dizer que a igreja em Tiatira se importava com os pobres e carentes ministrando-lhes o que necessitavam.

2.6 “E a tua fé”. A palavra “fé” Do grego “pistis” significa confiança. Uma das principais virtudes da teologia (I Co 13.13), sem a qual é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). A fé é tão indispensável ao justo, que segundo as Escrituras, ele vive por ela (Hc 2.4). Esta igreja recebe de Cristo o reconhecimento de que possuía uma fé ativa, que opera pelo amor (Gl 5.6) e produz obras (Ap 2.19).

2.7 “E a tua paciência”. A palavra paciência, do grego hupomone, diz respeito à constância, resistência. Paulo nos ensina que a tribulação produz paciência (Rm 5.3); logo, fica implícito que esta igreja, ante as perseguições e sofrimentos advindos da sua fé na pessoa de Cristo, mostrava-se constante sem diminuir seu crescimento e seu progresso. É o que deduzimos da expressão “E que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras” (Ap 2.19).

III – TIATIRA A IGREJA TOLERANTE
Como pudemos ver, Cristo elencou várias virtudes dos cristãos da igreja de Tiatira, mas aquele que tem “olhos como chama de fogo” não deixou passar despercebido uma gravíssima falha: a tolerância para com o pecado. O dicionário Aurélio define a expressão “tolerar” como consentir. Mas, o que esta igreja consentiu que Cristo reprovou?
Vejamos mais detalhadamente:
 

3.1 “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel”. O nome “Jezabel” do hebraico “izebel” para alguns eruditos significa: “Montão de lixo”, mas, na opinião de outros: “casta”. Aparece pela primeira vez nas Escrituras como filha de Etbaal, reisacerdote de Tiro e Sidom (I Rs 16.31). No entanto, é evidente que essa pessoa a quem o Senhor chama de Jezabel aqui no NT, não é a mesma do AT. O fato de denominar como Jezabel a que estava perturbando a igreja em Tiatira com o mesmo nome da esposa de Acabe, indica que ambas tinham o mesmo caráter maligno. Perceba as similaridades que havia entre ambas: 1). Uma se dizia sacerdotisa (I Re 16.32), a outra se dizia profetisa (Ap 2.20-a); 2). Uma seduziu os profetas do Senhor a adorarem a Baal (I Rs 18.19), a outra enganava os servos do Senhor com um evangelho liberal (Ap
2.20-b); 3) por fim, uma procurava matar os servos do Senhor que se lhe opusessem (I Rs 18.4), a outra, com seus errôneos ensinamentos, conduziu muitos a morte espiritual, e, se não se arrependessem, seriam mortos fisicamente (Ap 2.23).

3.2 “...Ensine e engane os meus servos...”. Como podemos perceber do texto, o conteúdo das profecias desta Jezabel, consistia em enganos, como o próprio Senhor Jesus afirma (Ap 2:20). Ela ensinava os servos do Senhor participarem de cultos pagãos, comendo das coisas sacrificadas aos ídolos (Ap 2.20). Prática esta não só proibida no Antigo Pacto (Êx 34.14,15) como também no Novo Pacto (At 15.29). É preciso entender que a profecia é um dom do Espírito (I Co 12.1), porém, na presente dispensação, o dom profético que têm como função exortar, consolar e edificar o povo de Deus jamais poderá modificar artigos de fé, alterar doutrinas ou trazer novas revelações (I Co 14.26-40; Ap 22.18,19). Portanto, as profecias têm de passar pelo crivo da Palavra de Deus para serem recebidas pela igreja (I Co 14.29).

3.3 A punição para Jezabel e seus seguidores. Diante do que foi exposto pelo Senhor Jesus àquela igreja, depois que lhes deu tempo para que se arrependessem, mas não se arrependeram (Ap 2.21). Tanto a Jezabel como os seus seguidores receberiam a punição, que provavelmente diz respeito a enfermidade ou a morte física (Ap 2.22,23). Estacorreção tinha como propósito dar exemplo para os demais que não haviam abraçado este falso ensino (Ap 2.24), bemcomo a todas as outras igrejas (Ap 2.23).

IV – EXORTAÇÕES E PROMESSAS
Percebemos nos últimos versículos desta carta de conteúdo tão forte que apesar de alguns cristãos estarem se afastando de Cristo e da sua doutrina, havia um remanescente fiel, que o Senhor exorta a reter o que tinha (obras, amor, serviço, fé e paciência) até que ele viesse (Ap 2.25). A expressão “reter” no grego “katechõ” significa: segurar firme. Os que assim procedessem seriam galardoados com a oportunidade de reinar com Cristo no Milênio, recebendo poder sobre as nações (Ap 2.26,27) e com a estrela da manhã: o próprio Senhor Jesus Cristo que havia de raiar sobre eles noarrebatamento da igreja (Nm 24.17; Ap 22.16).

CONCLUSÃO
Concluímos dizendo que apesar da igreja em Tiatira possuir pontos positivos, destacados por Cristo em sua
carta, não fizeram com que estes superassem o ponto negativo da tolerância para com o pecado. Imitemos, pois os bons exemplos e rejeitemos os maus; e nos dediquemos em agradar a Deus com uma vida de santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

REFERÊNCIAS
• MACARTHUR, John. Bíblia de Estudo. SBB
• SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
• CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.


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LIÇÃO 07 – SARDES, A IGREJA MORTA

 INTRODUÇÃO
A quinta carta do Apocalipse foi endereçada a Igreja que estava localizada na cidade de Sardes. Vemos no conteúdo da sua carta, que o problema daquela Igreja não era heresia, pois lá não havia nicolaítas, como em Éfeso (Ap 2.6); nem os que seguiam a doutrina de Balaão, como em Pérgamo (Ap 2.14); tampouco as falsas profecias da profetiza por nome Jezabel, como em Tiatira (Ap 2.20). No entanto, apesar de ter nome de que vivia, a Igreja estava espiritualmente morta. Por isso, o Senhor Jesus envia-lhes esta carta com o intuito de exortar os cristãos ao arrependimento, conduzindo-os a um genuíno avivamento.

I – A CIDADE DE SARDES

1.1 Nome. A palavra “Sardes” deriva-se do grego e significa “príncipe de gozo”. Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de luxúria e prazer;

1.2 Geografia. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C. e era uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo. Localizada a cerca de 24 Km de Esmirna e situada no alto de uma colina, ela era fortificada por uma grande muralha, seus soldados e habitantes se sentiam imbatíveis e pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. Mas, a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este a cercou por 14 dias, e depois a invadiu com seu exército, quando os soldados de Sardes estavam dormindo. Um fato interessante é que, cerca de trezentos anos depois, por volta de 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. As duas invasões ocorreram por causa da autoconfiança e falta de vigilância dos seus habitantes;

1.3 Religião. Como as demais cidades da Ásia Menor, Sardes estava completamente comprometida com a idolatria, pois, tinha como padroeira a deusa Cibele, que era creditada com o poder especial de restaurar vida aos mortos. No entanto, para a Igreja que estava espiritualmente morta naquela cidade, somente o Senhor Jesus, o que tem os sete Espíritos de Deus, poderia restaurá-la (Ap 1.4).

II – A CARTA À IGREJA DE SARDES

A Igreja de Sardes tornou-se como a cidade: em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida (Mt 5.13-16). Apenas tinha nome e fama, mas não tinha vida (Ap 3.1). Jesus enviou uma carta revelando a necessidade de um reavivamento urgente, pois, havia muitos crentes mortos, e outros, dormindo, precisando ser despertados (Ap 3.3,4).

2.1. “Ao anjo da Igreja” (Ap 3.1 a). Não podemos afirmar, ao certo, quem era o anjo (pastor) da Igreja de Sardes. No entanto, podemos deduzir que ele conhecia muito bem os problemas daquela Igreja. Todas as cartas foram enviadas ao anjo da Igreja (Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14,22) porque ele era a pessoa mais indicada, não apenas para transmitir o conteúdo da carta aos cristãos daquela localidade, como também corrigir os erros doutrinários e conduzir a Igreja a um genuíno avivamento;

2.2. “Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas” (Ap 3.1 b). A expressão “sete Espíritos” significa: a multiforme operação do Espírito Santo, como podemos ver em (Is 11.1,2): “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Quanto as “sete estrelas” Jesus referiu-se aos anjos (pastores) das Igreja, conforme (Ap 1.20);

2.3. “Eu sei as tuas obras” (Ap 3.1 c). Já vimos em lições anteriores que, em todas as cartas, Jesus diz: “Eu sei as tuas obras” ou “Eu conheço as tuas obras” (Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15) o que significa dizer que Ele não está alheio ao serviço que prestamos em prol do Reino de Deus aqui na terra. No entanto, o Senhor Jesus não fez menção, nem elogiou as boas obras de Sardes, como em outras cartas, tais como: o trabalho e a paciência de Éfeso (Ap 2.2); a perseverança na fé da Igreja de Pérgamo (2.13); o amor, o serviço, a fé e a paciência dos crentes de Tiatira (Ap 2.19); pelo contrário, o Senhor Jesus diz: “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2);

2.4. “Tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1 d). A Igreja de Sardes vivia apenas de aparência, pois, aos olhos dos habitantes da cidade, ela existia e estava presente: “tens nome de que vives”; mas, aos olhos daquEle que são como chamas de fogo, era uma Igreja morta, sem vida e sem vigor espiritual “mas, estás morta”. Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo disse que o cristão deve considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus (Rm 6.11,13); mas, em Sardes, estava havendo o inverso: muitos crentes estavam vivos para o pecado e mortos para Deus;

2.5. “Sê vigilante” (Ap 3.2 a). O termo “vigiar” significa “estar atento”, “estar vigilante”. Esta foi a primeira recomendação do Senhor Jesus àquela Igreja. A vigilância é uma atitude exigida a todo cristão (Mt 24.42; Mc 13.37; Lc 21.36; At 20.31), mas, principalmente, para os crentes sinceros e fiéis que estavam vivendo entre os mortos. Em outras palavras, o Senhor Jesus estava dizendo: se não vigiares, poderás morrer também! Assim como a cidade fora invadida duas vezes por falta de vigilância, o mesmo poderia ocorrer com o remanescente fiel, caso eles não vigiassem;

2.6. “Confirma os restante que estava para morrer” (Ap 3.2 b). Cristo ordena livrar “os que estão destinados à morte”. A expressão “confirma” não significa confirma sua morte, e sim, confirma sua fé (At 14.22; 15.32; 16.5; 18.23; I Pe 5.10; II Ts 3.9). Isto nos ensina que a Igreja não estava morta por completo, pois sempre houve, e sempre haverá um remanescente fiel (Ap 2.6,13,24; 3.4). É por esta razão que o Senhor Jesus diz: “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso” (Ap 3.4);

2.7. “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2 c). Esta exortação do Mestre nos ensina que não basta ter obras, serviços prestados e trabalhar para o Senhor. É preciso que as obras sejam perfeitas. Mas, o que é uma obra perfeita? É uma obra feita de todo coração (Cl 3.23), com alegria (Sl 100.2) e para a glória de Deus (I Co 10.32). Na primeira epístola aos coríntios, o apóstolo Paulo enumera seis tipos de “obras”, a saber: madeira, feno, palha, prata, ouro e pedras preciosas (I Co 3.12). Somente as obras que permanecerem é que serão recompensadas (I Co 3.13-15);

2.8. “Lembra-se, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o” (Ap 3.3 a). A Igreja de Sardes não poderia queixar-se por não conhecer a doutrina. As palavras do Senhor Jesus são enfáticas: “Lembra-se, pois, do que tens recebido e ouvido” o que significa dizer que os cristãos já haviam recebido o genuíno Evangelho. A Bíblia nos exorta a lembrar das palavras que foram ditas pelos profetas (Jd 1.17) e das palavras do Senhor (Lc 24.6,8; Jo 15.20); inclusive, uma das atribuições do Espírito Santo é lembrar as palavras do Senhor (Jo 14.26). Este lembrar implica que os cristãos deveriam também, guardar, ou seja, cumprir, obedecer;

2.9. “E arrepende-te (Ap 3.3 b)”. Arrepender-se significa sentir tristeza por haver violado as leis divinas e ter o desejo de voltar-se a Deus, implorando o perdão e o favor divino. Deus exige arrependimento não apenas dos pecadores (Mt 3.11; 4.17; Mc 1.15; 2.17; Lc 3.3,8; At 3.19; 17.30), mas também daqueles cristãos que não andam em sinceridade (Ap 2.5; 2.16; 21,22; 3.3,19). O Senhor Jesus esperava que ao receberem aquela carta, os cristãos se arrependessem dos seus pecados para receberem a vida (At 11.18);

2.10. “E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei (Ap 3.3 c)”. A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura, e não vigiou. Jesus alerta a Igreja que, se ela não vigiar e não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Em seu sermão profético, o Senhor Jesus ensinou sobre a vigilância, comparando a Sua vinda como a ação de um ladrão, ou seja, em momento inesperado (Mt 24.43,44). Os apóstolos também falaram acerca de Sua vinda “como um ladrão” (I Ts 5.2,4; II Pe 3.10). Porém, quando Jesus disse a Igreja de Sardes que “viria como um ladrão” não estava se referindo a Sua Segunda Vinda, e sim, a um juízo iminente, ou seja, que poderia ocorrer a qualquer momento;

2.11. “O que vencer será vestido de vestes brancas” (Ap 3.5 a). Nas páginas da Bíblia Sagrada, vestes brancas falam de pureza e santidade. Elas aparecem diversas vezes no livro do Apocalipse (Ap 3.5,18; 4.4; 6.11; 7.9,13; 19.14). Mas, quando Jesus se refere a uma promessa aos vencedores, esse “andar” é escatológico, ou seja, futuro, e significa que os vencedores poderão estar na companhia de Cristo por toda eternidade;

2.12. “De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3.5 b). Nenhum outro livro recebe tanta importância nas Sagradas Escrituras do que o livro da vida. Ele é mencionado em (Êx 32.33; Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fl 4.3). Quando Jesus diz que jamais riscará o nome dos vencedores do livro da vida não está se referindo a uma predestinação fatalista, em que alguns cristãos afirmam “uma vez salvo, salvo para sempre”; mas, pelo contrário, uma predestinação condicional, uma promessa para aqueles que vencerem; e vencer, significa: perseverar até o fim (Mt 10.22; 24.13; Mc 13.13); 2.13. “E confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5 c). Esta promessa nos faz lembrar o que disse Jesus a seus discípulos: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). A expressão “confessar”, neste texto significa: “testificar que pertence a Mim”, ou seja, aqueles que confessam a Cristo, e não se envergonham do Seu nome, além de terem os seus nomes confirmados no livro da vida, serão, no futuro, confessados por Cristo diante do Pai e dos seus anjos.

CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a Igreja de Sardes tinha o nome de quem estava viva, mas estava morta; em vez de influenciar a cidade, foi influenciada. Por esta razão, o Senhor Jesus apresenta-se como Aquele que tem os sete Espíritos de Deus, ou seja, o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. Mas, para que a mesma viesse a ser restaurada era preciso ser vigilante, lembrar-se do que tinha recebido e ouvido e arrepender-se dos seus pecados. No entanto, nem todos estavam corrompidos. Havia ali também cristãos sinceros que não contaminaram suas vestes. Por isso, o Senhor Jesus lhes diz que estes andariam com Ele; e, aos vencedores, Ele prometeu que estes seriam vestidos de vestes brancas, não teriam seus nomes riscados do livro da vida; e que Ele o confessaria o seu nome diante de Seu Pai e diante dos Seus anjos.

REFERÊNCIAS
• BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
• STAMPS, Donald C. BÍBLIA de Estudo Pentecostal. CPAD.
• ANDRADE, Claudionor de. Os Sete castiçais de ouro. CPAD.
• __________, Dicionário Teológico. CPAD.
• LOPES, Hernandes Dias. Estudos no livro de Apocalipse. Hagnos.
• SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.


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LIÇÃO 08 – FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO

INTRODUÇÃO
Dentre as sete igrejas, endereçadas nos capítulos segundo e terceiro do Apocalipse, somente as de Esmirna e Filadélfia não recebem nenhuma palavra de repreensão, mas de advertência. Apesar de que a questão da “pouca força” parece ser uma reprimenda suave, contanto que compreendamos isto como força espiritual, e não como a inutilidade da igreja diante do mundo. A despeito dessa advertência gentil, o caráter desta igreja está muito acima do da maioria das outras igrejas, pois o que é dito muito provavelmente se aplica a um remanescente dentro da igreja de Filadélfia, e não aquela igreja inteira. Esta igreja podia ter pouca força, mas era muito fiel (CHAMPLIN, 2002, p. 421 grifo nosso).

I – IMPORTANTES INFORMAÇÕES SOBRE A CIDADE

1.1 Nome. A cidade de Filadélfia gozava de uma localização estratégica de acesso entre os países antigos de Frígia, Lídia e Mísia. Foi fundada pelo rei de Pérgamo Átalo II, que no segundo século a.C. Diz a história que ele amava tanto a seu irmão Eumenes que apelidou-o de "philadelphos" (o que ama a seu irmão). Ele foi conhecido por sua lealdade, dando assim origem ao nome da cidade (Filadélfia que significa “amor fraternal” ou “amor de irmão”). Nos tempos do NT Filadélfia era a segunda cidade mais importante de Lídia. Filadélfia estava perto do limiar de um trecho fértil da região do planalto, o que lhe dava grande parte de sua prosperidade. (CHAMPLIN, 2004, pp. 727-728 – grifo nosso).

1.2 Localização Geográfica. Filadélfia era uma cidade da província romana da Ásia Menor. A cidade era chamada “a porta do Oriente”. A cidade servia como base para a divulgação do helenismo (cultura grega) às regiões de Lídia e Frígia. Localizava-se num vale no caminho entre Pérgamo e Laodiceia. Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério, e depois de ser reconstruída, foi chamada de Neocesaréia (a nova cidade de César). Durante o reinado de Vespasiano, foi também chamada de Flávia (nome da mulher dele, e a forma feminina de um dos nomes dele). Atualmente, a cidade de Alasehir (na atual Turquia) fica no mesmo lugar, construída sobre as ruínas da antiga Filadélfia (CHAMPLIN, 2004, pp. 727-728 grifo nosso).

1.3 Religião. “A região produzia uvas, e o povo especialmente honrava a Dionísio, o deus grego do vinho. Também era chamada de pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados aos deuses” (LOPES, 2006, p. 6). Como quase todas as cidades do império, Filadélfia cultuava o imperador e praticava o paganismo romano. Além disso, possuía grandes templos e muitas festas religiosas, seguindo os rituais pagãos.

II – CARACTERÍSTICAS DA IGREJA DE FILADÉLFIA
O Senhor Jesus introduz a carta falando de seus atributos como santidade e verdade (Ap 3.7-a) e ainda acrescenta ser o possuidor da chave de Davi, “que abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre” (Ap 3.7-b). Esta expressão está em linha com (Is 22.22-25), que nos mostra o senhorio absoluto de Cristo sobre a terra e, especialmente, sobre a Igreja. (Mt 28:18). Após identificar-se, o Senhor relata algumas características dos crentes de Filadélfia. Vejamos quais são:

2.1 Ap. 3.8-a “Conheço as tuas obras...”. Percebe-se que não somente a cidade, mas a própria igreja destacava-se por seu amor – a primeira virtude desta igreja. Que se expressa em primeiro lugar, em obediência implícita aos Seus Mandamentos (Jo 14:15,21,23; 15:10; I Jo 2:5) e o amor fraternal (entre irmãos), que representa mais intimamente “afeto terno” (I Co16.22; Jo 21.15-17);

2.2 Ap. 3.8-b “... guardaste a minha palavra...”. Destaca-se aqui a segunda virtude desta igreja: fidelidade. Aurélio diz que fiel é a pessoa que é leal, honrado, íntegro. Depois do amor é a principal característica de um verdadeiro servo de Deus. Afinal de contas, ele preza pela fidelidade dos seus servos (Nm 12.7; I Sm 12.24; I Co 4.2);

2.3 Ap. 3.8-b “...e não negaste o meu nome...”. Isto indica que os cristãos mesmo debaixo das mais ferozes perseguições confessavam com firmeza sua fé e testemunho de que serviam a Cristo. E procedendo assim, esses fiéis seriam recompensados “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 10.32).

III – AS DIFICULDADES DA IGREJA DE FILADÉLFIA

3.1 Ap. 3.8-c “... tendo pouca força”. A pouca força deve referir-se à pequenez da congregação ou à sua falta de recursos. A sua fortaleza é afirmada no fato de que eles guardavam ou observavam a Palavra.

3.2 Ap. 3.9-a“...Sinagoga de Satanás”. A presente expressão, ocorre aqui e em Ap. 2.9 nas igrejas de Esmirna e Filadélfia respectivamente. Nas igrejas de Esmirna e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas, no dizer dos tais gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles). Os que “se dizem judeus” fala de certos opositores que estavam naquela igreja, mas eram enganadores que ensinavam o povo a praticarem abominações contra o Senhor. Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de Satanás” (Ap. 2.9; Ap. 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa de Cristo e sua missão; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo, Jesus, o filho eterno (Jo 1.14); e negavam a expiação pelo sangue de Cristo. (SILVA, 1996, p. 32 grifo nosso).

IV - IMPORTANTES INFORMAÇÕES SOBRE CARTA

4.1 Ap. 3.8-a “...uma porta aberta”. A porta aberta pode ser a oportunidade missionária peculiar a Filadélfia, na fronteira da Frígia. Literalmente falando, “a porta aberta diante” da igreja de Filadélfia, aponta para sua posição geográfica na rota que ligava Jerusalém a capital do império, Roma. Profeticamente, porém, refere-se à era missionária da Igreja, que começou nos fins do século XVIII e que chega até nossos próprios dias. “Todos os viajantes vindos de
Roma e todos os de Esmirna que se dirigiam ao coração da Ásia Menor passavam em Filadélfia. A passagem quase obrigatória desses viajantes por Filadélfia representava, para a igreja, uma “porta aberta diante de ti”, para evangelização e testemunho. Por ela, podiam ser alcançados até viajantes de longínquas regiões e cidades...” (SILVA, 1996, p. 32).

4.2 Ap. 3.10-b “te guardarei da hora da tentação”. O termo “guardar” deriva-se do grego: psilaké”. Os discípulos em Filadélfia seriam guardados dum período de provação que afligiria o mundo. Isto pode ser uma menção à perseguição que começou no reinado de Domiciano e que causou terrível sofrimento e a morte de centenas de milhares de pessoas. Esta expressão é geralmente tomada como uma promessa que a igreja fiel não passará pela Tribulação, sendo antes arrebatada. A referência neste versículo sobre a “hora da tentação”, é um termo técnico para descrever o período futuro e sombrio da Grande Tribulação, e na sua fase final. “eu te guardarei da hora DA tentação” indicam que a Igreja não passará pela Grande Tribulação que perdurará sete anos (1Ts 4.13-17). A palavra “DA” significa “para fora de” e em si traz a ideia de ser guardado da tribulação (não meramente conservado através dela, como alguns asseveram).

V – EXORTAÇÕES E PROMESSAS FINAIS
Percebemos que apesar de não constar nenhuma repreensão na carta endereçada a fiel igreja de Filadélfia, temos uma frase de exortação, que tem por objetivo avisar aquela igreja de pelo menos três coisas:

5.1 Ap 3.10-a “Eis que venho sem demora...”. A palavra “demora” no grego “okneõ” significa “ser vagaroso, tardar”. Logo a presente expressão é uma exortação a todos os cristãos para aguardar a volta do Senhor, sem esmorecer, pois seu retorno é iminente (está prestes a acontecer). Quando não sabemos, mas temos certeza que ocorrerá (1Ts 4.13-18).

5.2 Ap 3.10-b “...guarda o que tens...”. A verbo “guardar” no grego phulassõsignifica: vigiar, conservar, manter. Jesus queria deixar claro que apesar de os cristãos desta igreja estarem bem espiritualmente, deveriam permanecer assim até o seu retorno. Logo fica descartada a ideia de que “uma vez salvo, salvo para sempre”, pois aquele que perseverar até o fim será salvo (Mt 24.13). Na verdade, aqueles cristãos deveriam manter o amor, e a fidelidade a Deus virtudes estas destacadas pelo Senhor na carta (Ap 3.8).

5.3 Ap. 3.10-c “...para que ninguém tome a tua coroa”. Segundo a história grega, na Grécia antiga, em Olímpia, de quatro em quatro anos, se realizavam os jogos olímpicos desde o ano 776 a.C. Aos vencedores se outorgava uma coroa – a coroa da vitória – formada de folhas de Oliveira entrelaçadas. Paulo se serve frequentemente de figuras dessas competições, por conhecer a Grécia (At 17.15; 18.5), por certo, devia estar familiarizado com elas. Em (2Tm 2.5, 4.7-8), lemos: “...se alguém milita, não é coroado se não militar legitimamente”.

5.4 Ap. 3.12 “...coluna no Templo do meu Deus”. A Igreja do Senhor, já na presente dispensação é a “Coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15b), e o que ela representa na atualidade, será, sem dúvida alguma na eternidade. Claro está, que “coluna no templo” é também uma figura de linguagem, significa que os crentes de Filadélfia (e a Igreja Universal) haveriam de estar sempre na presença de Deus, pois Ele mesmo é o Templo da Jerusalém Celeste (Ap 21.22). O terremoto do ano 17. d.C., que destruiu Sardes, também atingiu Filadélfia e as colunas de Filadélfia racharam e caíram, mas as colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá...".

CONCLUSÃO

A igreja de Filadélfia não transigiu nem cedeu às pressões. Ela preferiu ser “pequena” e fiel a ser “grande” e mundana. Como identificar uma igreja fiel? Certamente Jesus julga por critério diferente do nosso. Ele pode ver uma igreja “pobre” ou “fraca” como uma congregação fiel, dedicada e perseverante. Ao invés de tentar impressionar os homens, devemos nos dedicar ao desenvolvimento do caráter que agrada a Deus como fez a igreja de Filadélfia.

REFERÊNCIAS
VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
BÍBLIA de Estudo Pentecostal. CPAD.

“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos,
mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.”    II Co 9.12.

JUVENIS - LIÇÕES 06, 07 e 08 - 2º TRIMESTRE

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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Cortês / PE
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Gestor local: Ev. Severino Amaro
Superintendência: Pb. Samuel Bernardo
Dirigente da E.B.D. Matriz : Aux. Osvaldo Feijó
Vice Dirigente: Aux. Francisco de Assis
Secretárias da E.B.D. : Gecilene e Enezita
Coordenação Pedagógica: Jaelson
.................................................................................................. 

Lição 06 - Na direção certa!

Texto bíblico: Juízes 7.36-40

ATIVIDADES

Aproveitando que esta semana comemoramos o Dia das Mães, tenho duas sugestões para lhe dar:

1. Programe uma reunião de pais para tratar desta questão de vocação. Convoque um especialista, a fim de que ele possa explicar aos pais o quanto é importante valorizar a vocação pessoal, como equilibrá-la com as tendências do mercado, a vontade de Deus etc. Muitos adolescentes encontram dificuldades terríveis quando suas vocações se chocam com a de seus pais. Por isso, seria uma oportunidade maravilhosa de ajudá-los.

2. Planeje uma atividade que aproxime seus alunos e suas respectivas mamães. De acordo com a sua realidade, você pode realizar um almoço de confraternização, um chá das cinco, um café da manhã, um jantar ou até mesmo um passeio.
Para motivar os alunos, convide-os a decidirem qual seria a programação mais adequada. Em seguida, decidam o local, o dia e o horário do evento. Depois, convoque-os para elaborar o convite e a programação juntos. Incentive-os a participarem efetivamente da programação com homenagens, poesias, músicas etc. Não se esqueça de aproveitar ao máximo as idéias e sugestões de seus alunos.


Lição 07 - Quanto vale um diploma?

Texto bíblico: Provérbios 26.13-16

ATIVIDADES
Para esta semana, sugiro que você ensine os alunos a preparar um currículo conforme os padrões aceitos pelas empresas atualmente. Aí segue um modelo:

MODELO DE CURRÍCULO

Maria de Jesus                                Brasileira
Avenida Brasil, 34401                                                Solteira
Cep. 21.852.001 – Rio de Janeiro/RJ                       18 anos
Tel(s): (21) 3333 -1111/ 9999-9999                       
E-mail: mariadejesus@xxxx.com.br

Objetivo / Área de Interesse

Cite o cargo que você pretende ocupar ou sua área de atuação. Esta orientação pode ser fundamental no momento da triagem de currículo.

Exemplo:
Colocação na área administrativa / financeira


Resumo Profissional

Faça um resumo de suas qualificações e de tudo que você vivenciou em seus empregos anteriores. Mostre sinteticamente como você pode contribuir para a empresa.

Exemplo:
Experiência de seis meses de estágio na Área Administrativo-Financeira, atuando nas seguintes atividades:
   
•    Contas a receber, cobrança e emissão de notas fiscais,

•    Rotinas contábeis e cadastro de clientes
   
•    Contas a pagar, conciliação bancária, emissão de cheques para pagamentos, controle de entrada de notas fiscais, arquivos diversos, cadastros de bancos e fornecedores


Formação Acadêmica

O nível educacional mais alto deve ser incluído primeiro. Se você ainda estiver cursando uma graduação, por exemplo, informe a previsão da sua formatura. Se você estudou até o 2º grau, cite a instituição e especificação técnica (Ensino Médio, curso técnico, etc.). O 1º grau só deve ser mencionado caso seja o maior nível educacional.

Exemplo:
•    Cursando o Ensino Médio com especialização em Administração pela FATEC – previsão de conclusão em XXXX

Experiência Profissional

Cite os cargos que ocupou em cada empresa e em que período os exerceu. Descreva também suas principais atribuições e realizações naquela função. Comece pela empresa e cargo mais recentes (ou o atual, se você estiver empregado).

Exemplo:
SHOCK METAIS LTDA.
Encarregado de cobrança - 04/2008 a 10/08

Cobrança, pagamento a fornecedores e cadastros de clientes.


Cursos de aperfeiçoamento

Cite os cursos que você realizou, desde que tenham relevância para sua área de atuação. Não inclua os cursos que não são diretamente ligados à sua atividade profissional ou educacional, porque eles não serão considerados.

Exemplo:
•    Informática - Windows 2000 / MS Office 2000 / MS Project - Nome da Instituição, 2007
•    Matemática Financeira - Nome da Instituição, 2008
•    Produtividade em Contas a Pagar – Nome da Instituição, 2008


Idiomas

Cite os idiomas que domina, além do Português, e especifique o grau de fluência (básico, intermediário ou avançado). Elimine este campo caso você não conheça outros idiomas.

Exemplo:
•    Inglês e Espanhol (Domínio da leitura, escrita e conversação).


Informática

Especifique seu nível de familiaridade com informática e ferramentas/softwares que conhece e domina.

Exemplo:
•    Domínio como usuário do Windows, Word, Excel e Internet.

------------------------- Aqui termina o seu currículo -----------------------------


Lição 08 - Enriquecer ou sobreviver?

Texto bíblico: Josué 1.7-9

CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO
   
“O dinheiro é mau

Um dos maiores erros sobre o dinheiro vem da má interpretação do que está escrito na primeira epístola de Paulo a Timóteo: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.’ Por causa desse texto, muitas pessoas acham que o dinheiro é mau. O dinheiro não é mau nem bom em si mesmo. O que o texto diz é que ‘o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males’. No mesmo texto, antes de fazer essa afirmação, Paulo denuncia o comportamento daquelas pessoas que querem ser ricas em função do abuso indiscriminado da piedade em benefício próprio e como fonte de lucro pessoal, e supervalorizam o dinheiro a ponto de amá-lo como a principal coisa de suas vidas. Salomão é categórico quando insinua que o amor ao dinheiro é uma prisão que gera a obsessão de sempre querer mais: ‘O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro.

O entendimento errado dessa verdade advém do fato de que as pessoas não lêem o que a Bíblia fez, mas lêem apenas o que querem que a Bíblia diga. Muitos crentes fiéis, direitos e santos pensam com sinceridade que Deus não quer que eles tenham dinheiro. Mas isso é um erro. Deus não somente quer que você tenha dinheiro, mas quer que você o tenha mais do que suficiente para suprir as suas necessidades e ainda sobre para investir no seu Reino e ajudar a outros. “Estarei repetindo este conceito por todo o livro, pela sua profundidade e pertinência, e pela necessidade que nós temos de compreendê-lo em sua essência e funcionalidade.” (As chaves do sucesso financeiro. CPAD. pp.148-149).

ATIVIDADES

Para introduzir a lição deste domingo, sugiro a realização de uma atividade que trabalhe as prioridades e as escolhas que fazemos. Aí vai uma sugestão adaptada do livro Técnicas de grupo de José Pedro Espada.

Elabore uma relação de opções para que os alunos marquem suas preferências. Para isso, você poderá utilizar os seguintes itens:

Hambúrguer x pizza
Sorvete de chocolate x de morango
Dia x noite
Sábado x domingo
Clima frio x quente
Dia ensolarado x dia chuvoso
Trabalho individual x grupo
Trabalhar em banco x colégio
Boa remuneração x satisfação pessoal

Depois, peça-lhes para se agruparem em cinco e compartilharem suas respostas. Enfatize que nossa vida é construída o tempo todo em cima das escolhas e decisões que tomamos. Por isso, é sempre bom refletir e orar a Deus antes de fazer qualquer coisa.


“Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.”    II Co 9.12.